segunda-feira, 6 de junho de 2011

Comandante dos bombeiros pede a confiança da tropa

Coronel Sérgio Simões garante que nenhum quartel deixará de atender à população

O novo comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, pediu que a tropa confie nele e disse nesta segunda-feira (06/06) que será o único interlocutor entre o Governo do Estado e os bombeiros. Simões tranquilizou a população ao afirmar que o Corpo de Bombeiros está atendendo aos chamados em todo o estado e que nenhum cidadão ficará sem socorro.

- Você nunca vai ter notícia de que uma unidade de bombeiro deixou de prestar atendimento à população do estado - garantiu o coronel.

- Eu sou o interlocutor das ansiedades, das necessidades da tropa junto ao governador. Então, ninguém mais está autorizado a tratar desse assunto a não ser eu. É o preceito legal. Eu sou o comandante-geral da corporação. Eu reconheço que, ao longo dos anos, o Corpo de Bombeiros ficou com o salário muito defasado. Esse governo vem repondo essa defasagem. Nos primeiro quatro anos de governo, já tivemos uma reposição significativa. E agora há um programa de recuperação salarial da corporação que vai se cumprir até o final de 2014, quando nós teremos uma reposição da ordem de 55% - explicou.

Simões já começou a visitar as unidades do Corpo de Bombeiros para conversar com a tropa.

- Vou a todas as unidades porque o que está ocorrendo é o seguinte: nós estamos lidando com uma rede de boatos. Por mais de uma vez já tive notícias pela própria imprensa de que várias unidades do Corpo de Bombeiros deixaram de prestar atendimento à população. Uma série de boatos que não correspondem à verdade. Então, eu vou sim falar com a minha tropa, olhando no olho de cada bombeiro. Quero que eles percebam que está diante deles um bombeiro com compromisso com a corporação. E eu quero ouvi-los. Quero saber de todas as ansiedades, de todas as necessidades. Importante dizer - eu que estou na corporação há mais de 30 anos: Houve um investimento muito forte deste governo na aquisição de viaturas, de equipamentos, para que a corporação esteja pronta para atender à população. Para você ter uma ideia, os investimentos são da ordem de R$ 170 milhões nesses quatro anos - disse.

No sábado (04/06), 439 bombeiros foram presos pela Polícia Militar após a invasão do Quartel Central da corporação. Viaturas e instalações foram danificadas e o atendimento à população foi impedido. Para conter os mais de mil manifestantes, que estavam armados e usavam mulheres e crianças como escudo, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado. Simões disse que agora cabe à Auditoria de Justiça Militar julgar o caso individualmente.

- Os bombeiros foram autuados por motim, danos ao patrimônio público e impedimento de prestação de socorro, tipificados no Código Penal Militar. O documento de auto de prisão em flagrante foi encaminhado à Justiça Militar e vai virar um processo criminal. Cada um dos militares terá as prerrogativas de defesa para esclarecer sua participação – explicou Simões.

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