quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mais 200 homens chegam para reforçar a segurança no Alemão


Secretário de Segurança concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira

Além dos 100 fuzileiros do exército que já reforçam a segurança na região do Complexo do Alemão, mais 200 homens serão deslocados para atuar na área. O anúncio foi feito pelo comandante Militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, durante entrevista coletiva concedida pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pela chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha e pelo comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, nesta quarta-feira.

Na noite de terça-feira, traficantes armados entraram nas comunidades do Adeus e Baiana, próximas aos locais ocupados pela Força de Pacificação, e houve troca de tiros. Segundo o general Adriano Pereira Júnior, bandidos reagiram à notícia de que a permanência do Exército será até junho do ano que vem.

- Estamos há dez meses no Alemão e essa é a primeira situação de crise que enfrentamos. Temos certeza de que esse ataque foi articulado por traficantes que estão em outras comunidades, não pacificadas, e que estão querendo voltar. Mas nós vamos continuar com o policiamento ostensivo e vamos voltar a fazer revistas de pessoas, para que possamos impedir a entrada de armas – explicou o comandante Militar do Leste.

Por não serem comunidades sob o domínio das Forças de Pacificação, o Adeus e a Baiana já foram ocupados por cerca de 120 policiais militares. Além da ocupação, policiais de diferentes unidades serão deslocados para atuarem em 11 pontos, ao redor das duas comunidades. Segundo o coronel Mário Sérgio Duarte, a presença da PM na comunidade será por tempo indeterminado.

- Nosso objetivo é vasculhar o local e procurar criminosos e armas – disse o comandante geral da Polícia Militar.

O cronograma da Secretaria de Segurança de implantação das futuras Unidades de Polícia Pacificadora está mantido. A previsão é de que a UPP do Alemão, incluindo as comunidades do Adeus e Baiana, seja instalada em junho do ano que vem. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que já há informações sobre a origem dos bandidos e que a Polícia Civil está investigando o caso.

- Trinta, quarenta anos de abandono não será revertido em curto prazo. Não há mágica para isso. Nós estamos garantindo a liberdade de muitas pessoas, devolvendo o território e dando uma janela de oportunidade para que os serviços públicos cheguem. Não vamos arredar de levar a paz e melhorar a vida da população. Centenas de pessoas já estão livres do estigma do fuzil – disse Beltrame.

O Exército informou ainda que quatro militares envolvidos em uma confusão com moradores, no domingo, foram afastados. Também foi instalado um inquérito para apurar as responsabilidades.

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