segunda-feira, 25 de junho de 2012

GRUPO DE TEATRO CIRCENSE ANDANÇA CELEBRA 19 ANOS




Ele surgiu na Grécia antiga, no século VI a.C., e séculos depois continua conquistando plateias com suas muitas e diferentes formas de expressar o que o homem quer dizer e que transforma em arte. Assim é o teatro, que assume mil e uma facetas no palco e sempre tem algo a levar para o público: humor, crítica, romance, drama, tragédia, enfim, sentimentos que permeiam a vida do homem em diversos acontecimentos. A paixão por essa arte e suas muitas possibilidades, entre elas a forma como ela toca a realidade social de milhares de brasileiros, foi o embrião para o nascimento do Grupo de Teatro Circense Andança que completou 19 anos de atividades. A celebração está sendo feita desde maio e vai até julho com a realização da Mostra Andança de Teatro.

O grupo surgiu no cenário petropolitano em 1993. Dois fatos marcaram muito a criação do Andança. Pouco antes de ser criado, aconteceu o Festival de Teatro Doutras Terras, que tinha reconhecimento nacional. Madson José, um dos fundadores do grupo, trabalhou no evento e foi durante a realização do festival, que tinha sua sede no Museu Imperial, que surgiu a ideia de criar em Petrópolis um grupo que tivesse a perspectiva de criar a busca do aprofundamento de teatro, da linguagem, da figura do palhaço e a busca de espaços.
Outro elemento fortemente influenciador foi o trabalho que ele fazia dentro do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) com o Arco-íris da Alegria, no qual esteve envolvido por 16 anos, em que levava cultura para os menos favorecidos, estabelecendo um contato com a realidade social. “A partir de experiências no Alegria, que ajudaram a fomentar as ideias do grupo Andança”, conta Madson, que junto com Renata Alves e Altair Corrêa criaram o Grupo de Teatro Circense Andança. Hoje, o grupo é composto por um número pequeno de integrantes, no entanto, com uma criatividade e talentos múltiplos. São eles Madson, Renata e ainda Rose Assis, Luísa Alves e Laércio Motta que ainda contam com diversos colaboradores.
Entre as propostas do Andança está a democratização do acesso à arte e à cultura. Além de fazer teatro nos espaços tradicionais, como os teatros, o grupo nasceu com a ideia de ir ao encontro do público e levar, também, variedade no repertório. “A nossa proposta é essa diversidade de trabalho, seja diversidade de locais ou de público”, explica Madson, lembrando que o Andança tem espetáculos para todos os gostos e idades. Ao longo desses 19 anos foram cerca de 20 espetáculos apresentados em vários palcos, espaços e de vários lugares do Brasil, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
Trabalho reconhecido por aqui e por suas andanças
No currículo do Andança também estão diversas premiações como o Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura 2012 com o espetáculo Depois da Chuva, pela direção de arte de Raquel Theo; recentemente ganhou onze prêmios no 4º Profest, de Congonhas, São Paulo, com dois espetáculos Depois da Chuva e Himmelsrichtungen, além do Prêmio de Excelência Profissional. Também já participaram de duas edições do Festival Aldeia de Velho Chico do Vale do São Francisco, em Petrolina, e fizeram um intercâmbio cultural na Itália e Áustria.
O balanço desses 19 anos é positivo, mas agora o grupo quer intensificar a divulgação do seu trabalho além da Cidade Imperial. “Por um lado, queremos sedimentar mais o trabalho na nossa base, que é Petrópolis, e por outro alargar os horizontes e romper fronteiras”, destaca Madson, que não quer deixar de lado a proposta do Andança que o próprio nome sugere: andar por aí com a sua cultura. “A ideia é ser itinerante, um teatro mambembe, teatro de rua, que vai aos lugares. Ideia de provocar o encontro”, completa. Quem quiser conferir a Mostra Andança de Teatro vai até o fimde julho, na qual estão apresentando seis diferentes peças do seu repertório em diversos espaços da cidade.

Andressa Canejo
Redação Tribuna

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