terça-feira, 4 de outubro de 2011

Exportações no Estado do Rio de Janeiro batem novo recorde


Acumulado até agosto já supera vendas de 2010. Petróleo se mantém como carro-chefe

As exportações da indústria fluminense, de janeiro a agosto desse ano, já superaram o total de 2010, segundo dados do Boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). No acumulado até agosto, já foram exportados mais de US$ 20,1 bilhões, garantindo mais um recorde para o Estado.

O crescimento das exportações em 2011, se comparado o mesmo período acumulado do ano passado, foi de 67%. Dessa forma, em apenas oito meses, as vendas externas fluminenses já igualaram o acumulado em 12 meses de 2010. O crescimento representa quase o dobro da média nacional, que teve 32% de aumento.

Os dados do estudo da Firjan mostram que, apesar de o petróleo continuar como carro-chefe, a indústria da transformação tem sido o motor das exportações fluminenses nesse ano, com um crescimento de 140% das vendas para o exterior de produtos industrializados. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviço, Júlio Bueno, o crescimento revela que o planejamento econômico do Rio de Janeiro vem sendo cumprido com sucesso.

- O resultado mostra que estamos cumprindo uma etapa importante da estratégia traçada para o desenvolvimento do estado. Garantimos, dessa forma, a qualificação do nosso setor industrial - disse o secretário.

Em agosto, as exportações fluminense dobraram em relação ao mesmo mês do ano passado, com crescimento de todos os principais segmentos industriais exportadores do estado. A forte expansão da indústria extrativa, em decorrência do aumento da cotação internacional do barril e da maior quantidade vendida, representou 70% do total exportado.

Da indústria da transformação, os segmentos metalúrgico, químico e mecânico cresceram acima da média estadual. O destaque foi para o caráter 100% exportador da produção da nova companhia siderúrgica da capital, CSA, que começou suas vendas no último trimestre de 2010 e já é a principal indústria de transformação exportadora do Rio de Janeiro, responsável por 1/5 do total, o que corresponde a US$1,4 bilhão.

Os Estados Unidos se mantiveram como o principal parceiro comercial do Estado do Rio, como destino principalmente de petróleo e semifaturados de ferro/aço. No que diz respeito aos produtos industrializados, destacaram-se como destinos Cingapura, Argentina e Alemanha.


Balança comercial positiva

Além do recorde nas exportações, o Rio de Janeiro também bateu recordes em importações. O dado reflete a demanda por matéria-prima para abastecer a atividade industrial, que no Rio de Janeiro cresceu o triplo da média nacional.

O total de importações em agosto de 2011 foi de US$2 bilhões, o que representa o maior valor mensal desde o início da série histórica, resultando em um saldo comercial positivo, de US$1,1 bilhão.

Considerando o período de janeiro até agosto, o saldo comercial fluminense acumulou um valor de US$ 7,6 bilhões, o que alçou o Estado do Rio ao posto de terceiro maior contribuinte da balança comercial brasileira, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Pará, grandes exportadores de minério de ferro. Na comparação com 2010, a balança comercial fluminense quadruplicou, uma vez que a taxa de crescimento das exportações (67%) é o triplo da de importações (22%).

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