quinta-feira, 30 de junho de 2011

Governadores começam a desenhar acordo sobre divisão dos royalties

Sérgio Cabral participou de reunião com líderes estaduais, em Brasília


O início de um acordo sobre a divisão dos royalties do petróleo começou a ser desenhado, nesta quinta-feira (30/6), por representantes de estados produtores e não produtores. O governador Sérgio Cabral participou de um almoço, em Brasília, em que houve um recuo por parte dos estados não produtores, que aceitaram uma distribuição diferenciada dos lucros. Já os estados produtores concordaram que haja um repasse imediato de verbas aos estados que não produzem petróleo.

No encontro, estavam presentes os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e o de Sergipe, Marcelo Deda, representando os estados não produtores. Eles explicaram que os recursos oriundos da exploração do petróleo são importantes para o desenvolvimento das regiões e se comprometeram a levar as ideias debatidas na reunião para os governadores dos outros estados na mesma situação. Segundo Eduardo Campos, houve um avanço importante nas negociações.

- Vamos levar para a observação dos governadores de estados que não são produtores a posição reivindicada de que haja um tratamento diferenciado para os estados produtores. Para eles, essa diferenciação é fundamental para que exista um acordo. Ao mesmo tempo, vamos explicar que os estados produtores admitem que nós tenhamos um fluxo de recebimento imediato de recursos e que isso não pode ficar postergado para quando o pré-sal não concedido venha a funcionar – disse o governador de Pernambuco.

Durante a reunião ficou acordado que técnicos dos estados vão trabalhar ao longo da próxima semana para definir uma proposta concreta já com valores estabelecidos. O governador Sérgio Cabral, durante o encontro, destacou a importância do debate.

- Anteriormente, não houve um debate sobre essa questão. Todos querem que o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste do país se desenvolvam e é por isso que temos que encontrar uma solução – disse Cabral.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ressaltou que um entendimento é a melhor opção para todos.

- A posição de partilha sem tratamento diferenciado foi uma posição radical. Todos entendemos aqui que quem produz deve receber mais do que quem não produz. Agora, vamos trabalhar para ter uma proposta concreta para ser apresentada – disse Casagrande.

Também participaram da reunião o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, o secretário de Fazenda, Renato Vilella, além do governador do Paraná, Beto Riche.

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