sexta-feira, 22 de julho de 2011

Acidente com gerente da Previdência Social de Nova Friburgo motiva paralisação dos servidores


Não é de hoje que os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reclamam das condições de trabalho da unidade de Nova Friburgo. Um acidente envolvendo a gerente da Previdência Social no município motivou ainda mais os servidores a promover paralisação das atividades por tempo indeterminado. Os concursados dizem que não existem garantias para que a população seja atendida com segurança, além da acessibilidade na agência ser precária.
Em respeito à população, no dia 31 de janeiro os servidores concordaram em abrir a agência, embora as condições de trabalho fossem péssimas. Eles afirmam que aguardaram pacientemente as gestões das autoridades, em obediência à hierarquia e em solidariedade à chefia local, que se empenhava para proporcionar melhorias nas condições. Na última semana, cinco acidentes com segurados aconteceram nas escadas do prédio, localizado na Rua Galeano das Neves, Centro. Todas as fatalidades foram registradas e comunicadas, gerando, inclusive, abaixo-assinado dos servidores exigindo providências.
Na tarde de quarta-feira, 20, um acidente envolvendo a gerente Ivone Robert Motta foi o estopim para que a paralisação ocorresse. Após o fato, os servidores se reuniram e decidiram suspender por tempo indeterminado as atividades, até que as condições de trabalho sejam atendidas dentro das normas legais de trabalho exigidas pela legislação.

Servidor fala sobre as condições de trabalho
O servidor Alexandre Gomes de Andrade diz que as instalações do INSS de Nova Friburgo estão precárias. “A agência de Friburgo é de prédio próprio e até hoje as obras feitas aqui foram só maquiagem. A mobília é inadequada, o piso é escorregadio, a iluminação é péssima, não há ventilação e não existe um servidor que não tenha lesão por esforço repetitivo”, conta.
Ele comenta o acidente ocorrido com a gerente Ivone Robert Motta. “Por ironia do destino, aquela que era representante máxima da instituição se acidentou. Ela voou de um platô a outro direto, tropeçou e caiu. Não precisava esperar acontecer o que aconteceu para os superiores tomarem uma atitude”, lamentou Alexandre.
O servidor faz questão de destacar que a paralisação dos funcionários acabará por beneficiar a própria população. “Não é uma questão coorporativa. A população deve entender que nossa paralisação não é porque não queremos trabalhar, e sim, para trazer mais segurança para os segurados”, frisa, esclarecendo como ficará a instituição com a paralisação. “Quando começarmos a funcionar novamente, o benefício da pessoa será retroativo, com a data do acidente que ela sofreu, caso queira esperar. As pessoas também podem procurar agências vizinhas para receber os benefícios, é um direito. Estamos defendendo um direito de todos”, diz Alexandre.
 

Fonte: A Voz da Serra

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