terça-feira, 5 de julho de 2011

Secretaria de Saúde amplia idade para a prevenção do câncer de colo de útero

Idade limite para fazer o exame passou de 59 para 64 anos. 
Mulheres devem começar a fazer exame aos 25 anos

Para aumentar a detecção precoce do câncer do colo do útero, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai ampliar a faixa etária para a qual é recomendada a realização de exames preventivos (Papanicolaou) periódicos. A partir de agora, mulheres até 64 anos deverão ser examinadas. Pelas regras anteriores, de 2006, só mulheres com idades entre 25 e 59 anos deveriam realizar o exame. A ampliação segue as novas diretrizes nacionais para o rastreamento do câncer do colo de útero lançadas nesta segunda-feira (04/07) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Com cerca de 500 mil casos novos por ano no mundo e mais de 18 mil no país, o câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Em 2009, foram detectadas no Rio de Janeiro 249 novas ocorrências.

- Essa ampliação deve-se a maior expectativa de vida das brasileiras que, atualmente, é de 76 anos. Iremos realizar capacitações com todos os municípios do Estado para atualizar os profissionais sobre as novas diretrizes e reforçar a importância do exame – explica a coordenadora da área de Detecção Precoce e Vigilância do Câncer da SES, Risoleide Figueiredo.

O câncer de colo do útero tem uma fase sem sintomas em que a detecção de lesões precursoras pode ser feita através do exame preventivo. Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. Conforme a evolução da doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor.

- Toda mulher deve buscar o serviço de saúde do seu município para fazer o exame preventivo. Caso haja alteração, deve-se realizar outros exames para interromper o processo de adoecimento e evitar o aparecimento do câncer, – ressalta a coordenadora.

As novas diretrizes recomendam que o intervalo entre os exames deverá ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. A coleta de material deve ser feita a partir dos 25 anos de idade e seguir até os 64 anos. Esse processo somente será interrompido quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. No caso das mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame, devem ser feitos dois preventivos com intervalo de um a três anos. Se os dois resultados forem negativos, essas mulheres poderão ser dispensadas de exames adicionais.

A mudança nas diretrizes é uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde, o seu órgão vinculado, o Inca, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e as sociedades médicas.

Exame Preventivo – O exame citopatológico do colo do útero (Papanicolaou), comumente chamado de exame preventivo, é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê. Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 64 anos. A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico. Em 2009, foram realizados no Estado 665.334 exames, desses 25.560 detectaram lesões precursoras e 249 diagnosticaram câncer.

Como evitar – A prevenção primária do câncer do colo do útero pode ser realizada através do uso de preservativos durante a relação sexual. A prática do sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio pelo HPV, vírus que tem um papel importante no desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer. Outros fatores de risco são o tabagismo, a baixa ingestão de vitaminas, a multiplicidade de parceiros sexuais, a iniciação sexual precoce e o uso de contraceptivos orais.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde

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