terça-feira, 12 de julho de 2011

Imóveis do centro do Rio serão transformados em casas populares


Governo vai reformar prédios desocupados para atender às comunidades da região

Além da revitalização da área portuária, o centro do Rio de Janeiro ganhará, em breve, 119 novas unidades habitacionais. A iniciativa faz parte do Plano de Reabilitação e Ocupação dos Imóveis do Governo do Estado localizados na área central da cidade, que visa transformar antigos edifícios públicos em moradias para atender a população de baixa renda e será debatido até amanhã, no auditório da Caixa Econômica Federal, no centro do Rio.

A base do projeto, uma parceria entre a Secretaria de Habitação e o Ministério das Cidades, é um levantamento realizado pelo Ateliê Universitário da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No estudo, foram identificados 250 imóveis de propriedade do governo do Estado passíveis de reforma. Dentre eles, 50 podem ser revertidos em moradias. Na primeira fase, dez prédios históricos, tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foram priorizados.

Nos dez imóveis considerados prioritários, serão construídas 119 moradias e mantidas seis unidade comerciais – com custo médio de R$ 100 mil. Segundo o secretário de Habitação, Leonardo Picciani, alguns imóveis estão ocupados irregularmente, mas a proposta é manter os residentes nesses locais. Nos prédios vazios, os apartamentos serão distribuídos entre famílias cadastradas pela secretaria, com renda entre 0 a 3 salários mínimos.

– A ideia é iniciar essas intervenções imediatamente, garantindo que as pessoas possam viver com dignidade e mais qualidade, além de fazer com que a região deixe de funcionar apenas no horário comercial. A partir do momento em que há pessoas morando ali, há maior cobrança do poder público em relação a conservação, execução dos serviços, iluminação, limpeza, além da construção de praças, escolas, postos de saúde – afirmou Picciani, ressaltando que a primeira restauração acontecerá no prédio de número 55 na Rua Regente Feijó, com recursos do governo estadual.


Para as intervenções nos demais empreendimentos, o secretário buscará verbas junto ao Ministério das Cidades, através do Programa Nacional de Reabilitação das Áreas Urbanas Centrais, e à Caixa Econômica. Para a representante do Ministério, Viviane Silveira Amaral, o plano poderá servir de piloto para outros estados.

– O trabalho, além de amenizar o problema de esvaziamento dos centros urbanos com a permanência dos residentes, permite que muitos brasileiros tenham acesso à moradia digna. Demonstrou ser mais que um simples plano de reabilitação, mas um projeto inédito com a criação de uma metodologia de identificação e análise dos imóveis com potencial de serem transformados em habitação de interesse social e com possibilidade de ser replicado – disse.

A diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, Denise Barcellos, acredita que o plano vai valorizar os imóveis e contribuir para a revitalização da área central da cidade, rica em urbanidade e arquitetura.

– Essa é uma parceria profícua e ganha especial dimensão porque não se limita a trabalho de reabilitação dos edifícios, mas também das áreas urbanas centrais, o que beneficia a cidade como um todo.

Fonte: Governo do Estado

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